O chiaroscuro reproduz na pintura a passagem da luz que ocorre nos objetos reais, simulando assim seu volume. Percebemos assim um volume tridimensional a partir das luzes e sombras, o que situa da Vinci no âmbito do Renascimento – no âmbito da estruturação espacial dos corpos pintados como parte da espacialização lógica definida e unificada pela perspectiva. Nesse sentido, podemos fazer um paralelo com as obras de Donatello e Masaccio. A problematização da luz como modeladora da imagem e da representação leva os artistas do século XVI, no Maneirismo e Barroco, a considerar as implicações psicológicas, os problemas técnicos e a categorizar a iluminação (nos retratos formais por exemplo). Desse modo, motivos escuros com iluminação dramática por um foco de luz vindo de uma única fonte geralmente não representada caracterizavam as pinturas de Ugo da Carpi (circa 1455-circa 1523), Giovanni Baglione (1566-1644) e principalmente Michelangelo Merisi da Caravaggio (1573-1610), que dá origem ao espírito do barroco e a toda uma escola de pintura italiana que se conheceu como Tenebrismo, onde os princípios do chiaroscuro são levados a um extremo. Do mesmo modo, nas naturezas mortas percebemos a necessidade de exercitar a pintura de objetos transparentes, metálicos e reflexivos, o que pode ser interpretado como uma crescente evidência da importância da luz, que será cada vez mais percebida como condição da forma visual, em vez de elemento que faz parte dela.
Blog Da turma de 2º ano do Curso Técnico em sistemas a gás do Colégio Polivalente de Candeias BA By: Miquéias Couto.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Chiaroscuro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O chiaroscuro (palavra italiana para "luz e sombra" ou, mais literalmente, «claro-escuro») é uma das estratégias inovadoras da pintura de Leonardo da Vinci, pintor renascentista do século XV, junto ao sfumato. O chiaroscuro se define pelo contraste entre luz e sombra na representação de um objeto. Também chamado de perspectiva tonal. A técnica exige um conhecimento de perspectiva, do efeito físico da luz em superfícies, e das sombras, da tinta e de sua matização. O chiaroscuro define os objetos representados sem usar linhas de contorno, mas apenas pelo contraste entre as cores do objeto e do fundo; faz parte de uma idealização que inclui a experiência da pintura contrariando, de certo modo, a linearidade que caracteriza a pintura do Renascimento – os personagens de Leonardo existem em um espaço primariamente definido pela luz, em oposição a uma estrutura definida a partir da perspectiva na qual corpos e objetos são apenas distribuidos individualmente.
O chiaroscuro reproduz na pintura a passagem da luz que ocorre nos objetos reais, simulando assim seu volume. Percebemos assim um volume tridimensional a partir das luzes e sombras, o que situa da Vinci no âmbito do Renascimento – no âmbito da estruturação espacial dos corpos pintados como parte da espacialização lógica definida e unificada pela perspectiva. Nesse sentido, podemos fazer um paralelo com as obras de Donatello e Masaccio. A problematização da luz como modeladora da imagem e da representação leva os artistas do século XVI, no Maneirismo e Barroco, a considerar as implicações psicológicas, os problemas técnicos e a categorizar a iluminação (nos retratos formais por exemplo). Desse modo, motivos escuros com iluminação dramática por um foco de luz vindo de uma única fonte geralmente não representada caracterizavam as pinturas de Ugo da Carpi (circa 1455-circa 1523), Giovanni Baglione (1566-1644) e principalmente Michelangelo Merisi da Caravaggio (1573-1610), que dá origem ao espírito do barroco e a toda uma escola de pintura italiana que se conheceu como Tenebrismo, onde os princípios do chiaroscuro são levados a um extremo. Do mesmo modo, nas naturezas mortas percebemos a necessidade de exercitar a pintura de objetos transparentes, metálicos e reflexivos, o que pode ser interpretado como uma crescente evidência da importância da luz, que será cada vez mais percebida como condição da forma visual, em vez de elemento que faz parte dela.
O chiaroscuro reproduz na pintura a passagem da luz que ocorre nos objetos reais, simulando assim seu volume. Percebemos assim um volume tridimensional a partir das luzes e sombras, o que situa da Vinci no âmbito do Renascimento – no âmbito da estruturação espacial dos corpos pintados como parte da espacialização lógica definida e unificada pela perspectiva. Nesse sentido, podemos fazer um paralelo com as obras de Donatello e Masaccio. A problematização da luz como modeladora da imagem e da representação leva os artistas do século XVI, no Maneirismo e Barroco, a considerar as implicações psicológicas, os problemas técnicos e a categorizar a iluminação (nos retratos formais por exemplo). Desse modo, motivos escuros com iluminação dramática por um foco de luz vindo de uma única fonte geralmente não representada caracterizavam as pinturas de Ugo da Carpi (circa 1455-circa 1523), Giovanni Baglione (1566-1644) e principalmente Michelangelo Merisi da Caravaggio (1573-1610), que dá origem ao espírito do barroco e a toda uma escola de pintura italiana que se conheceu como Tenebrismo, onde os princípios do chiaroscuro são levados a um extremo. Do mesmo modo, nas naturezas mortas percebemos a necessidade de exercitar a pintura de objetos transparentes, metálicos e reflexivos, o que pode ser interpretado como uma crescente evidência da importância da luz, que será cada vez mais percebida como condição da forma visual, em vez de elemento que faz parte dela.
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