quinta-feira, 26 de maio de 2011

HISTÓRICO SOBRE O DIA DO MEIO AMBIENTE E DA ECOLOGIA

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Por meio do decreto 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente.
O QUE NÃO FAZER
A esposa de um fazendeiro detestava cobras. Um dia, suplicou ao marido que desse um fim às peçonhentas. O homem, não querendo contrariá-la, prontamente determinou o extermínio de todo e qualquer vestígio de ofídios na fazenda. O que foi feito.
A colheita seguinte não rendeu um décimo da anterior. Em sonho, desesperado, suplicou a Deus que o perdoasse. Imaginava que aquela miséria de safra era castigo divino por ter dado fim aos animais. Também em sonho, o Criador lhe respondia:
- “Não o castiguei, nem perdoei. Apenas, deixei que a natureza seguisse seu curso”.
Ora, o curso natural é simples: cobras engolem sapos. Sem elas, os sapos aumentam em número. E, sapos engolem insetos. Assim, quanto mais sapos, menos insetos. Diversos insetos são polinizadores e, sem eles, há plantas que não se reproduzem.
Moral da história: menos cobra, menos safra! Assim funciona o mundo natural.
O que tem a ver cobra com safra? Tudo! Em verdade, tudo tem a ver com tudo. Entretanto, a humanidade não pensa dessa forma. Primeiro, acredita que a natureza é infinita, com recursos inesgotáveis. Segundo, imagina que existem espécies úteis e outras completamente inúteis. Terceiro, conclui que, entre as espécies úteis, os humanos são mais úteis que as outras.
O século XX foi saudado como a era em que a tecnologia e o progresso industrial seriam capazes de satisfazer as necessidades materiais, restabelecer a paz social, reduzir as desigualdades.
Nos últimos 50 anos, a produção mundial de grãos triplicou, a quantidade de terras irrigadas para a agricultura duplicou, o número de automóveis passou de 500 milhões, o mesmo acontecendo a televisores, geladeiras, chuveiros elétricos, lavadoras, secadoras, computadores, celulares, microondas, fax, videocassetes, CDs, parabólicas, isopor, descartáveis, transgênicos e outras invenções. As riquezas produzidas, nesse período, quintuplicaram.
Mas, também nos últimos 50 anos, o mundo perdeu 20% de suas terras férteis e 20% de suas florestas tropicais, com milhares de espécies ainda nem conhecidas. O nível de gás carbônico aumentou 13%, foram destruídas 3% da camada de ozônio, toneladas de materiais radioativos foram despejadas na atmosfera e nos solos, os desertos aumentaram, rios e lagos morreram por causa da chuva ácida ou de esgotos domésticos e industriais.
Maravilha-nos esse progresso, mas as gerações futuras talvez lamentem o quanto se destruiu para isso. Enquanto hoje o ser humano tem mais bens, é mais pobre em recursos naturais. A tecnologia nos dá a falsa impressão de que estamos no controle. Por isso, é bonito ser moderno. Feio é ser natural.
Porém, a tecnologia é ruim quando nos afasta da natureza. Só mudaremos isso quando nos reaproximarmos do mundo natural. Afinal, embora uns ainda não aceitem, o homem é natureza.
Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Não há data melhor para começar aquilo que o resto das espécies vivas esperam que façamos. Afinal, o que não fazer, já sabemos desde há muito. Vamos começar! O mundo será, com certeza, melhor.
Autor: Luiz Eduardo Cheida

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Revolução Industrial

História da Revolução Industrial, pioneirismo inglês, invenções de máquinas,
passagem da manufatura para a maquinofatura, a vida nas fábricas, origem dos sindicatos.

revolução industrial - interior de uma fábricaInterior de uma fábrica durante a Revolução Industrial

Introdução

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Locomotiva da época da Revolução Industrial Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reação dos trabalhadores 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
Conclusão
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

Desenho arquitetônico

O desenho arquitetônico é, em um sentido estrito, uma especialização do desenho técnico normatizado voltada à execução e a representação de projetos de arquitetura. Em uma perspectiva mais ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado como todo o conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico. O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Desta forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento, seja por parte do desenhista ou do leitor do desenho. Por este motivo, este tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros anos das faculdades de arquitetura. O desenho arquitetônico também costuma se constituir em uma profissão própria: os desenhistas técnicos (ou a sua versão atual, representada pelos cadistas - ou manipuladores do softwares CAD) são comuns nos escritórios de projeto.
Imagem de uma prancheta de desenho, método de trabalho tornado obsoleto após a criação do CAD.

 


História

Detalhe de um projeto produzido no século XIX
O desenho começou a ser usado como meio preferencial de representação do projeto arquitetônico a partir do Renascimento. Apesar disso, ainda não havia conhecimentos sistematizados de geometria descritiva, o que tornava o processo mais livre e sem nenhuma normatização.
Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a demandar maior rigor e precisão e consequentemente os diversos projetistas necessitavam agora de um meio comum para se comunicar e com tal eficiência que evitasse erros grosseiros de execução de seus produtos. Desta forma, instituíram-se a partir do século XIX as primeiras normas técnicas de representação gráfica de projetos, as quais incorporavam os estudos feitos durante o período de desenvolvimento da geometria descritiva, no século anterior. Por este motivo, o desenho técnico (e, portanto, o desenho de arquitetura) era naquele momento considerado um recurso tecnológico imprescinível ao desenvolvimento econômico e industrial.
A normatização hoje está mais avançada e completa, embora o desenho arquitetônico tenha passado a ser executado predominantemente em ambiente CAD (ou seja, em formato digital). Por outro lado, para grande parte dos profissionais, o desenho à mão ainda é a génese e o principal meio para a elaboração de um projeto.

 Normalização

A representação gráfica do desenho em si corresponde a um conjunto de normas internacionais (sob a supervisão da ISO). Porém, geralmente, cada país costuma possuir suas próprias versões das normas, adaptadas por diversos motivos.
No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:
  • NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura
  • NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico
Cabe notar, no entanto, que se por um lado recomenda-se a adequação a tais normas quando da apresentação de desenhos para fins de execução de obras ou em situações oficiais (como quando os profissionais enviam seus projetos à aprovação em prefeituras), por outro lado admite-se algum nível de liberdade em relação a elas em outros contextos. Durante o processo de elaboração e evolução do projeto, por exemplo, normalmente os arquitetos utilizam-se de métodos de desenho próprios apropriados às suas necessidades momentâneas, os quais eventualmente se afastam das determinações das normas. Esta liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos, que exijam uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou para se adequarem a diferentes publicações, por exemplo.

Elementos do desenho

Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se uso dos diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional, na geometria euclidiana e na geometria descritiva. Basicamente, o desenho arquitetônico manifesta-se principalmente através de linhas e superfícies preenchidas (tramas).
Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho (o objeto representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam.
As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e secções e as elevações (ou alçados).

Traços

Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir constraste umas com as outras.

Espessura dos traços

Pesos e categorias de linhas
Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro espessuras de pena:
  • Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc.
  • Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista.
  • Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.
  • Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte, como a pena anterior).

 Tipos de traços

Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em:
  • Traço contínuo. São as linhas comuns.
  • Traço interrompido. Representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja, que esteja além do plano de corte).
  • Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.

 Tramas

Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem delimitados com um traço de espessura maior no desenho. Além do traço mais grosso, esses elementos podem estar preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é representado com uma trama diferente.

Folhas

Normalmente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os desenhos em papel manteiga ou vegetal de esquiço (desenhados a grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal (desenhados a nanquim ou tinta da China).

Tamanho das folhas


Tamanhos de folhas (mm)
A4 210 X 297
A3 297 X 420
A2 420 X 594
A1 594 X 841
A0 841 X 1189

As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2A0 corresponde ao dobro daquela.
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto costuma se dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde móculo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos.

 Materiais de desenho

Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são eventualmente usados para verificar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de treinamento de futuros desenhistas técnicos. Após a impressão de pranchas produzidas em CAD, ainda está em uso o escalímetro, que é uma multi-régua com 6 escalas, que serve para conferir medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50 utiliza-se a mesma escala em uma de suas bordas visíveis.

CAD

Desenho gerado em um programa do tipo CAD
A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral exige a operação programas gráficos do tipo CAD que normalmente demandam um hardware robusto e de alta capacidade de processamento, e memória. Atualmente, o principal programa para lidar com estes tipos de desenho é o AutoCad, um software produzido pela empresa americana Autodesk. O formato em que nativamente grava seus arquivos, o .dwg, é considerado o padrão "de facto" no mercado da construção civil para troca de informações de projeto.
Existem, no entanto, diversos outros softwares de CAD para arquitetura. A maioria deles nem sempre é capaz de ler e escrever arquivos no formato .dwg, embora muitos utilizem-se do alternativo formato .dxf. Além de programas CAD destinados ao desenho técnico de uma forma geral, como o AutoCAD e o Microstation, também existem softwares designados especificamente para o trabalho de projeto arquitetônico, como o ArchiCAD, o ArchiStation, o VectorWorks, o Revit, entre outros, com os quais é possível visualizar o modelo arquitetônico em suas várias etapas de projeto, mais do que meramente representá-lo na forma de desenho técnico.

Desenho à mão

A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram utilizados no desenho dito instrumentado (ou seja, o desenho feito à mão com auxílio de instrumentos de desenho). Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização.
Prancheta de desenho
Uma mesa, normalmente inclinável, na qual é possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se possam instalar reguas T ou paralelas.
Régua T ou Régua paralela
Estas réguas eram instrumentos para traçado de retas parelelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um par de esquadros.
Par de esquadro.
Elementos para auxiliar o traçado de retas em ângulos pré-desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º.
Escalímetro
Um tipo especial de régua, normalmente com seção triangular, com a qual podem ser realizadas medidas em escalas diferentes.
Lapiseiras ou lápis
Adequados às espessuras desejadas.
canetas nanquim
Tais canetas eram utilizadas na execução dos desenho finais, como aqueles destinados à construção. Exigiam cuidado constante, pois seu entupimento, caso não fossem limpas com freqüência, seria um problema comum.
Mata-gato.
Instrumento que auxilia o uso da borracha em locais determinados do desenho. Constitui-se de uma placa perfurada a ser posicionada sobre o setor do desenho a ser corrigido, de forma a que apenas se apague o desejável.
Borracha
Podendo ser a comum ou a elétrica.
Conjunto de normógrafo e reguas caligráficas
Auxiliam a escrita de blocos de texto padronizados e com caligrafia técnica.
Lâmina e borracha de areia
Permitem a correção de desenhos errados efetuados à nanquim sobre papel vegetal.
Gabaritos ou escantilhões.
Pequenas placas plásticas ou metálicas que possuem elementos pré-desenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias, circunferências, etc.
Curva francesa.
Um tipo especial de gabarito composto apenas por curvas, nos mais variados raios.

O desenho em cada uma das etapas de um projeto

Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projeto, as apresentadas a seguir normalmente são as mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes projetos.
  • Estudo preliminar. O estudo preliminar, que envolve a análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores.
  • Anteprojeto. Nesta etapa, com as várias características do projeto já definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos, organização funcional, partido, etc), o desenho já abrange um nível maior de rigor e detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial, por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200. Nesta etapa ainda são anexadas perspectivas feitas à mão ou produzidas em ambiente gráfico-computacional para permitir melhor compreensão do projeto.
  • Projeto legal ou Projecto de licenciamento. Corresponde ao conjunto de desenhos que é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. Por este motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade em cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto.
  • Projeto executivo ou Projecto de execução. Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra, sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1.

AutoCAD

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 

AutoCAD
Logotipo
Captura de tela
DesenvolvedorAutodesk, Inc.
Lançado emDezembro 1982
Versão estável2011 (R18.1) (mar 2010)
Sistema Op.Windows, Mac OS
Gênero(s)CAD
LicençaProprietário
Página oficialwww.autodesk.com
Portal das Tecnologias de informação

AutoCAD é um software do tipo CADcomputer aided design ou desenho auxiliado por computador - criado e comercializado pela Autodesk, Inc. desde 1982. É utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D). Além dos desenhos técnicos, o software vem disponibilizando, em suas versões mais recentes, vários recursos para visualização em diversos formatos. É amplamente utilizado em arquitetura, design de interiores, engenharia mecânica, engenharia geográfica , engenharia elétrica e em vários outros ramos da indústria. O AutoCAD é atualmente disponibilizado em versões para o sistema operacional Microsoft Windows e Mac OS, embora já tenham sido comercializadas versões para UNIX.
A partir da versão R14 (publicada em 1997) potencializa a expansão de sua funcionalidade por meio da adição de módulos específicos para desenho arquitetônico, SIG, controle de materiais, etc. Outra característica marcante do AutoCAD é o uso de uma linguagem consolidada de scripts, conhecida como AutoLISP (derivado da linguagem LISP) ou uma variação do Visual Basic.

 Versões AutoCAd

Desenho de uma bicicleta produzido no AutoCAD.
Dezembro de 82 a Autodesk Lança o AutoCAD v.1.0 (R1). A especificação R1 não existia, serve apenas como referência.
Maio de 85 a Autodesk Lança o AutoCAD v.2.1 (R6) as mudanças no AutoCAD começam a ser marcantes, pois nesta versão surgia os comandos E-LEV, VPOINT, HIDE Permitindo extrusões e visualização da plotagem. É nesta versão que o AutoCAD começa a trabalhar em 3D.
  • AutoCAD Versão 2.5 (Release 7.0) - Junho 1986
Junho de 86 a Autodesk Lança o AutoCAD v.2.5 (R7) o espaçamento entre os lançamentos das atualizações são compensadas pelas evoluções no programa.
  • AutoCAD Versão 2.6 (Release 8.0) - Abril 1987
Abril de 87 a Autodesk Lança o AutoCAD v.2.6 (R8) chegam os comandos 3DLINE (linha 3D), 3DFACE (plano em 3D).
Setembro de 87 surge o AutoCAD Release 9, muito semelhante à versão 2.6, porém com o pull-down menu, o AutoCAD começa ser mais interativo.
Outubro de 88 surge o AutoCAD Release 10, O AutoCAD se torna mais profissional, um novo sistema de coordenadas UCS (User Coordinates System) novos recursos em 3D comandos como: 3DPOLY, 3DMESH, RULE-SURF, VIEWPORTS, etc.
Outubro de 90 surge o AutoCAD Release 11 para MS-DOS ou UNIX, oferecia suporte a redes, maior controle das variáveis de dimensionamento. O AutoCAD começava a se impor como plataforma.
Junho de 92 surge o AutoCAD Release 12 para MS-DOS ou UNIX, Com mais recursos em 2D, se establece como plataforma bastante popular no mundo todo. Os recursos em 3D passam a ser um módulo vendido separado como 3D AME, a adoção de caixas de diálogo para funções acessíveis antes somente pela linha de comando o tornam mais fácil de trabalhar
Março de 93 surge o AutoCAD Release 12 For Windows, mais fácil de ser personalizado, com uma caixa flutuante de ícones para acesso os comandos mais usados.
Novembro de 93 surge o AutoCAD LT For Windows que é basicamente o mesmo AutoCAD R12, porém com menos recursos, dirigido para pequenos usuários que procuram um Programa CAD de baixo custo.
Dezembro de 94 surge o AutoCAD Release 13. Inicialmente era tanto para MS-DOS, Windows e UNIX, mas o que deveria ser um programa polivalente causou uma grande dor de cabeça aos usuários, pois foi o AutoCAD mais instável de todos, mas com grandes avanços como a toolbar com funções de acesso rápido, funções de layers (como por exemplo, ligar/desligar), que antes era somente pela caixa de diálogo ou linha de comando, a possibilidade de importar figuras nos formatos GIF, TIFF e BMP, o uso de textos completos e não apenas linhas individuais (MTEXT), e fontes TrueType incrementaram as opções e corretor ortográfico foram algumas das inovações. A Autodesk resolve unificar o lançamento de sua versão principal com a do seu programa mais simples o AutoCAD LT R13.
Outubro de 95 surge o AutoCAD Release 13 for Windows, com uma versão específica para o Windows 95 tornou-se mais estável. Mas muitos usuários ainda preferiam o R12.
Março de 97 surge o AutoCAD Release 14 for Windows. Acaba a versão para DOS e UNIX. Poderoso, oferecendo a estabilidade do R12 e as facilidades do R13, fixa como a plataforma mais usada no mundo dominando perto dos 70% do mercado mundial de CAD. Apesar dos recursos 3D evoluírem bastante, a Autodesk, começa a direcionar os usuários em 3D para ferramentas mais específicas como o Autodesk Mechanical Desktop já na sua versão 3, mas a evolução das ferramentas de trabalho em 2D não param de evoluir, modos de seleção são simplificados, novos comandos como por exemplo: o Autotrack (o Osnap fica mais interativo) o uso da tecla F3 para ligar/desligar o OSNAP, o sistema de plotagem também melhora. Sendo possível armazenar as configurações de plotagem num arquivo externo facilitando a padronização. Surge uma única caixa de diálogo para configurar o sistema e preferências entre outras benfeitorias.
Em junho de 98 surge o AutoCAD Release 14 em língua portuguesa. Mas os usuários experientes de AutoCAD não se interessaram pela versão, pois já estavam acostumados com os comandos em inglês, juntando a isso uma tradução duvidosa, como por exemplo: o comando OFFSET, que faz cópias paralelas, tinha o nome: COPPAR; o comando ARRAY que faz cópias múltiplas, tinha o nome de MATRIZ. Para os iniciantes seria uma boa opção, mas muito poucas empresas se dispuseram a comprá-lo.
Março de 1999 a Autodesk lança o AutoCAD 2000 (Release 15) como uma evolução natural do R14 mais poderoso de todas as versões, porém a versão anterior do AutoCAD é tão eficiente, que grande parte das empresas não fizeram a actualização, os grandes destaques ficam por conta, da plotagem onde os parâmetros ficam gravados no próprio desenho, a opção de criar quantos layouts, forem necessários com parâmetros distintos, o comando DDMODIFY desaparece e surge o comando PROPERTIES, muito mais completo, podendo alterar, todos os parâmetros no mesmo local, surge também o DESIGN CENTER, que permite pesquisar e importar STYLE’s, BLOCK’s e LAYER’s dos desenhos sem abri-los. E a possibilidade de abrir vários desenhos ao mesmo tempo.
Em Julho de 2000 foi lançado o AutoCAD 2000i (Release 15.1). Esta foi uma versão baseada na internet, para conseguir o máximo destas ferramentas de negócios essenciais. Como a plataforma de desenho na internet, o AutoCAD 2000i ofereceu a base para as soluções Autodesk, servindo para as indústrias de arquitetura, engenharia, construção, comunicações, governos, utilidade pública, topografia e manufatura. Combinando o poder do design e a internet em um software eficiente.
Em Junho de 2001 foi lançado o AutoCAD 2002 (Release 15.2). Como destaques podemos citar a cota associativa, o novo gerenciamento dos blocos com atributos, o comando ARRAY ganhou uma caixa de diálogo, capacidade de manipular a geometria do desenho e visualizar a mudança correspondente imediata na dimensão ou anotação. Novas ferramentas de layer, de texto e de atributos, entre outros.
Em Março de 2003 foi lançado o AutoCAD 2004 (Release 16.0). Ele é uma remodelagem do AutoCAD 2002, oferecendo novas e melhoradas funcionalidades que permitem criar com rapidez, compartilhar com facilidade e administrar com eficiência. AutoCAD 2004 oferece novas características como ferramentas de produtividade, uma interface modernizada, e gráficos da apresentação para a criação dos dados mais rápidos e produtivos. Oferece proteção por senhas, ferramenta padrão CAD e um formato DWF multifolha, facilitando o compartilhamento de informação.
Em março de 2004 foi lançado o AutoCAD 2005 (Release 16.1). Dentre as novidades ressaltamos o comando para criar tabelas. Outra inovação é o suporte a um número ilimitado de Camadas. O novo comando Campo sim-plifica as tarefas de criar posicionar e editar os textos. Um campo pode ser usado como um marcador de posição para conteúdos que possam sofrer alterações durante o projeto.
Em março de 2005 foi lançado o AutoCAD 2006 (Release 16.2). A interface foi melhorada. Inclusão de funcionalidade que permite uma migração das personalizações, entre versões anteriores do AutoCAD e a nova. Modo de seleção colorido. Entrada Dinâmica foi projetada para substituir a janela Comando. Calculadora com inúmeras funções. Melhoras no comando Texto. Tabela com possibilidade de cálculo. Comando "Hatch" melhorado. Blocos Dinâmicos. Paletas de Ferramentas melhoradas.
Em Março de 2006, foi lançado o AutoCAD 2007. O novo AutoCAD 2007 disponibiliza novas formas de trabalhar: uma nova forma de conjugar o desenho 2D com o modelo 3D, uma nova forma de projetar, visualizar, apresentar e documentar. Sucintamente, trata-se do projeto conceitual, que nos permitirá antever possíveis falhas e, de uma forma ou de outra, tornar-nos mais céleres e produtivos. Agora com possibilidade de publicar os arquivos de desenho em formato PDF. Esta versão está orientado a melhorar a capacidade dos projetistas de criar, navegar e editar um projeto conceitual, apresentar claramente o projeto a um público não-técnico e posteriormente documentar o projeto com facilidade utilizando todas as poderosas ferramentas de desenho do AutoCAD. Algumas das novas funcionalidades do AutoCAD 2007: Ferramentas avançadas de desenho conceitual que ajudam o usuário a projetar mais facilmente; Comandos avançados para visualização de projetos; Comandos para criar cortes e fachadas, blocos dinâmicos e tabelas avançadas; Exporta arquivos DWG de versões anteriores; Importa arquivos DWF e Gera arquivos PDF entre outras funcionalidades.
Em Março de 2007, a Autodesk lançou o AutoCAD 2008. Traz novidades na produtividade de desenhos com novas ferramentas para gerenciar escalas de cotas, textos e objetos, como elementos de anotação do projeto.
Em Março de 2008, a Autodesk lançou o AutoCAD 2009. Novidades no visual e melhorias na navegação 3D são os destaques desta versão. Há também uma melhora na compatibilidade com o Windows Vista, depois de alguns problemas gerados na versão 2008
Esta nova versão do AutoCad traz grandes novidades, a interface em relação a versão anterior não mudou. Houve o acréscimo de ferramentas de desenho paramétrico, definição de sistema de trabalho, localizaçãode comandos, melhoria nas hachuras, tabela de propriedade dos blocos dinâmicos, Autodesk Seek, Free-form, Anexar arquivos PDF e impressão em 3D. Outra novidade importante é que o AutoCad 2010 tem desempenho melhor que suas versões de 2007 - 2009.

Versões AutoCAD LT

Existe também versões do AutoCAD LT, ou lite, light que são mais simplificadas. Para se avaliar o custo de uma destas versões é aproximadamente, entre 700 a 800 dólares americanos em comparação ao valor de 3.000 dólares americanos da versão completa do AutoCAD.

Programação

O AutoCAD permite adicionar novas funcionalidades através de várias linguagens, das quais destacam-se:
  • AutoLISP - Uma adaptação do LISP para AutoCad.
  • Visual LISP - Nova versão do AutoLISP para as últimas versões do AutoCAD, com mais funções e uma IDE integrada.
  • VBA - Programação com Visual Basic.
  • .NET - Acesso à diversas funcionalidades através de bibliotecas. Permite qualquer linguagem compatível.
  • ObjectARX - Permite criar novos comandos e entidades gráficas com C++.

Alternativas

Embora o AutoCAD tenha se consolidado como software padrão mundial na área de CAD, muitas alternativas em ambiente software proprietário e software livre, vem também sendo difundidos. Exemplos são todos os softwares baseados em tecnologia IntelliCAD do consórcio Intellicad, Vcad, QCad, ProgeCAD, Bricscad, DataCAD, MSCad e o ZWCAD, além do ArchiCAD e do VectorWorks.

Resumo dos Tipos de Arquivos Exportados

Opções do Comando Export:
  • Metafile (.wmf)
  • ACIS (*.sat)
  • Lithography (*.stl)
  • Encapsulated PS (*.eps)
  • DXX Extract (*.dxx)
  • Bitmap (*.bmp)
  • 3D Studio (*.3ds)
  • Block (*.dwg)

Chiaroscuro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O chiaroscuro (palavra italiana para "luz e sombra" ou, mais literalmente, «claro-escuro») é uma das estratégias inovadoras da pintura de Leonardo da Vinci, pintor renascentista do século XV, junto ao sfumato. O chiaroscuro se define pelo contraste entre luz e sombra na representação de um objeto. Também chamado de perspectiva tonal. A técnica exige um conhecimento de perspectiva, do efeito físico da luz em superfícies, e das sombras, da tinta e de sua matização. O chiaroscuro define os objetos representados sem usar linhas de contorno, mas apenas pelo contraste entre as cores do objeto e do fundo; faz parte de uma idealização que inclui a experiência da pintura contrariando, de certo modo, a linearidade que caracteriza a pintura do Renascimento – os personagens de Leonardo existem em um espaço primariamente definido pela luz, em oposição a uma estrutura definida a partir da perspectiva na qual corpos e objetos são apenas distribuidos individualmente.
O chiaroscuro reproduz na pintura a passagem da luz que ocorre nos objetos reais, simulando assim seu volume. Percebemos assim um volume tridimensional a partir das luzes e sombras, o que situa da Vinci no âmbito do Renascimento – no âmbito da estruturação espacial dos corpos pintados como parte da espacialização lógica definida e unificada pela perspectiva. Nesse sentido, podemos fazer um paralelo com as obras de Donatello e Masaccio. A problematização da luz como modeladora da imagem e da representação leva os artistas do século XVI, no Maneirismo e Barroco, a considerar as implicações psicológicas, os problemas técnicos e a categorizar a iluminação (nos retratos formais por exemplo). Desse modo, motivos escuros com iluminação dramática por um foco de luz vindo de uma única fonte geralmente não representada caracterizavam as pinturas de Ugo da Carpi (circa 1455-circa 1523), Giovanni Baglione (1566-1644) e principalmente Michelangelo Merisi da Caravaggio (1573-1610), que dá origem ao espírito do barroco e a toda uma escola de pintura italiana que se conheceu como Tenebrismo, onde os princípios do chiaroscuro são levados a um extremo. Do mesmo modo, nas naturezas mortas percebemos a necessidade de exercitar a pintura de objetos transparentes, metálicos e reflexivos, o que pode ser interpretado como uma crescente evidência da importância da luz, que será cada vez mais percebida como condição da forma visual, em vez de elemento que faz parte dela.

Desenho técnico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 

Desenho de uma peça mecânica segundo as convenções do desenho técnico
 
 
 
O desenho técnico é um ramo especializado do desenho, caracterizado pela sua normatização e pela apropriação que faz das regras da geometria descritiva.
Tal forma de desenho é utilizada como base para a atividade projetual em disciplinas como a arquitetura, o design e a engenharia. O desenho técnico, é a ferramenta mais importante num projeto, por ser o meio de comunicação entre quem projeta e quem fabrica. Nele constam todas as informações referentes ao projeto.
Existem dois modelos de representação: pelo método europeu (ou do primeiro diedro) e pelo método americano (ou do terceiro diedro).
Papéis especiais do desenho técnico
Usualmente são utilizados papéis especiais de dimensionamentos normalizados para a confecção do desenho, dentre eles os mais usados são os da séries A que tem suas medidas em milímetros, veja suas principais dimensões :
A0 - 841 x 1189 = 999949 milímetros²
A1 - 594 x 841 = 499554 milímetros²
A2 - 420 x 594 = 149480 milímetros²
Desenho Técnico
A3 - 297 x 420 = 124740 milímetros²
A4 - 210 x 297 = 62370 milímetros²
A5 - 148 x 210 = 31080 milímetros²
(sendo milímetros² uma unidade de medida de área usada pelas normas técnicas.)
No seu contexto mais geral, o Desenho Técnico engloba um conjunto de metodologias e procedimentos necessários ao desenvolvimento e comunicação de projetos, conceitos e ideias e, no seu contexto mais restrito, refere-se à especificação técnica de produtos e sistemas.
Não é de estranhar que com o desenvolvimento das tecnologias informáticas e dos sistemas de informação a que se assistiu nas duas últimas décadas os processos e métodos de representação gráfica, utilizados pelo Desenho Técnico no contexto industrial, tenham também visto uma profunda mudança. Passou-se rapidamente da régua T e esquadro às máquinas de desenhar, aos programas comerciais de desenho 2D assistido por computador e mais recentemente a uma tendência para a utilização generalizada de sistemas de modelação geométrica 3D.
Nestas circunstâncias, na organização do ensino e na elaboração de textos de apoio na área de Desenho Técnico põem-se particulares desafios na forma de conciliar, por um lado, o desenvolvimento de capacidades de expressão e representação gráfica e a sua utilização em atividades criativas e, por outro lado, a aquisição de conhecimentos de natureza tecnológica na área do Desenho Técnico.
No primeiro caso procura-se o desenvolvimento do pensamento criativo e de capacidades de visualização espacial, de transmitir ideias, formas e conceitos através de gráficos muitas vezes executados à mão livre. Esta capacidade constitui uma qualificação de reconhecida importância no exercício da atividade profissional do engenheiro.
No segundo caso trata-se do uso das técnicas emergentes de representação geométrica associadas aos temas mais clássicos da descrição técnica de produtos e sistemas e suportadas num corpo estabilizado de normalização técnica internacionalmente aceita. A produção de desenhos de detalhe e de fabrico, incluindo as práticas clássicas de projeções, cortes, dimensionamento, toleranciamento e anotações diversas, é ainda uma atividade incontornável na produção de documentação técnica de produtos e do seu fabrico e constituem, em muitos casos, o suporte legal e comercial nas relações com fornecedores.
Importa reconhecer aqui as enormes potencialidades das tecnologias de modelação geométrica atualmente disponíveis em diversos programas comerciais. Protótipos virtuais são facilmente construídos e visualizados. As estruturas de dados associadas a estes modelos geométricos são facilmente convertidas para outras aplicações de engenharia e os projetos desenvolvidos podem ser verificados em termos de folgas, interferências e atravancamentos em situações de movimento relativo entre componentes e analisados do ponto de vista estrutural, escoamento de fluidos e transferência de calor.
Quais as diferenças entre o desenho técnico e o desenho artístico? O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por profissionais de uma mesma área, como, por exemplo, na mecânica, na marcenaria, na eletricidade. Maiores detalhes sobre o desenho técnico você aprenderá no decorrer deste curso. Por enquanto, é importante que você saiba as diferenças que existem entre o desenho técnico e o desenho artístico. Para isso, é necessário conhecer bem as características de cada um.
Os artistas transmitiram suas idéias e seus sentimentos de maneira pessoal. Um artista não tem o compromisso de retratar fielmente a realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista que o criou. Já o desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas. Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem a normas técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico, de acordo com normas específicas.

O desenho manual VS CAD


Hoje em dia, praticamente ninguém dispensa a utilização de sistemas CAD como auxílio ao desenho. As razões são de vária ordem: facilidade de correcção e alterações do desenho, como revisões etc. que podem ser conseguidas com alguns comandos sem danificar o desenho original. Até a definição de cópia/original deixou de ser tão importante; dando lugar à palavra, Backup (cópia de segurança).
A introdução dos sistemas CAD deram origem a uma revolução tão grande, que apesar de já ter tido início há alguns anos, ainda existem pessoas fora da área que julgam que a compra de um sistema de CAD sofisticado irá miraculosamente resolver todos os problemas de projecto e de produtividade que possam ter na área do desenvolvimento. Nada podia estar tão longe da verdade! Nos dias que correm, a formação dos desenhadores é de grande importância para o desenvolvimento das empresas. Acima de tudo um desenhador deverá conhecer bem as normas de desenho e assimilar essas ferramentas de trabalho. Nesta primeira fase de aprendizagem, introduzir um sistema CAD não trará grandes vantagens, o aprendiz deverá usar as ferramentas tradicionais, como a lapiseira, a régua e o transferidor. É importante que ele tenha tempo de assimilar todos os conceitos técnicos; nada melhor que realizar um desenho manualmente e no final contemplar o trabalho por ele criado e tirar daí prazer.
Os sistemas CAD nada são, senão que uma ferramenta moderna, mas que como ferramenta que são, nada conseguem sem um operador hábil e conhecedor da sua especialidade base, o desenho técnico.
Desenganem-se aqueles que comprando sistemas CAD paraméricos e associativos, terão um aumento de produtividade/qualidade na área de projecto, apenas com a contratação de pessoas capazes de operar o sistema CAD. Antes de mais o operador de CAD deverá ser um desenhador qualificado.
Nos dias de hoje o desenhador projectista tem de enfrentar novos desafios pois para além de ser especializado nas áreas tradicionais, Desenho, órgãos de Máquinas, Mecânicas dos Materiais, Electricidade, automação, etc. ..deverá ainda dominar um ou mais sistemas CAD, e eventualmente aprender alguns dos sub-sistemas do CAD como o CAM. Com todas estas valências o desenhador é uma peça fulcral na organização da empresa, pois dele depende muitas vezes o ciclo de um produto que vai desde a concepção até ao produto final.
O tema seguinte será: “Os pontos a ter em conta aquando a escolha de um sistema CAD